23 de jun. de 2013

My Dear Nerd - Capítulo 13 - Melhor Namorado


POV JUSTIN
Passei a palma da mão no rosto, tentando a todo custo secar as lágrimas que escorriam com força sobre minha face. Eu não conseguia acreditar que eu fiz aquilo com a mulher que eu amo. Eu chorava como um perfeito bebê, mas que importa? A pessoa que eu mais amo no mundo está chateada, e eu sou a causa do problema. Eu a fiz sofrer, podia ver nos olhinhos verdes dela o quanto estava decepcionada comigo. Eu não queria, eu juro. Tudo o que eu menos queria é ser o motivo de tristeza de decepção para Anna, mas é que Clarice parecia ser uma pessoa legal. Ela entendia como era ser um nerd rejeitado, gostava das mesmas coisas que eu, e era engraçada. Porém pra mim não passava de uma simples amiga, uma pessoa que pensava do mesmo modo que eu. Nada mais do que isso. Porque sabia que, apesar de todas essas características Anna Mel foi, é e sempre será a única que tem meu coração nas mãos. É a única que eu sempre irei amar. Apesar das muitas diferenças entre nós, ela me faz feliz. Uma felicidade que nunca tive antes. E agora, eu como um perfeito idiota a faço sofrer.
– querido, venha jantar. – chamou minha mãe entrando no quarto, me observando as lagrimas.
– não estou com fome. – resmunguei como uma criança mimada. Derramando mais algumas lágrimas enquanto soluçava. Virei para o lado contrário, ficando assim de costas para a porta. Sentindo em seguida minha mãe sentar ao meu lado e com doçura acariciar meu rosto me fazendo virar para encara-la.
– eu sou um idiota, mamãe. – choraminguei deixando a cabeça sobre seu colo, sentindo agora seus carinhos em meus cabelos.
– você não é um idiota, querido. – disse ela.
– eu sou sim. Eu custei tanto para conseguir o amor da garota mais incrível do mundo, e agora a fiz triste apenas por conta de uma prima que tem o mesmo nível de QI que eu.
– Anna Mel tem uma prima?
– tem sim, e eu acabei por deixar levar por seus conhecimentos e quando dou por mim estou prestes a perder a mulher que eu amo. Ela está chateada comigo, mãe. Eu pude ver a decepção nos seus olhos. Eu não quero perdê-la. Eu a amo. – falei a olhando sentindo as lágrimas molharem livremente meu rosto, porém isso não era de grande importância.
– tudo bem querido. Você errou, mas não foi um erro tão grave. Ela vai perdoar você. – a comentou. Neguei passando as mãos no rosto pela milésima vez.
– a senhora não a viu e ouviu falar o que ela disse para mim. Ela vai terminar comigo, mãe.
– e vai ficar aí, deitado na cama chorando por algo que ainda vai acontecer? Se a ama lute por ela Justin. Não foi uma traição ou algo parecido. Ela ama você e se você mostrar a ela que apesar de tudo a ama e que jamais a fará triste tenho certeza de que ela vai esquecer. Lute por ela.
– mas eu não sei o que fazer. Eu já liguei para ela vinte e sete vezes para ser exato e nada dela atender minhas ligações. Não sei a forma certa de tê-la de volta. Ela não me ama mais.
– deixe de ser bobo! Não há forma certa ou errada. Há apenas a sua forma de conquistá-la, ou pedir desculpas. Já parou para pensar apenas por um mísero segundo que ela está chateada porque tem ciúmes de você?
– ciúmes de mim? – perguntei admirado para ela, sentando na cama em seguida.
Eu nunca pensei que esse seria o ponto de tudo. Ela sentir ciúmes de mim. Ciúmes. Ciúmes. Eu nunca pensei que alguém fosse sentir isso, sentir ciúmes de mim. Parecia incrível. Para ser sincero saber que ela sente ciúmes de mim, significa que ela realmente me ama. Que se preocupa comigo, que tem medo de me perder. E pensar nessa possibilidade me fez sorrir largo.
– a senhora acha mesmo que ela está assim por ciúmes? – perguntei ainda com um sorriso bobo na cara. Eu sorria como um idiota.
– claro que sim. Ela tem medo de perder você, por isso agiu assim.
– mas ela nunca vai me perder. Eu a amo.
– mas me diga o que você sentiria se ela fizesse o mesmo que fez com ela? Conversando com um garoto mega popular da escola, sem dar a devida atenção que merece? Como se sentiria?
– me sentiria trocado.
– e teria ciúmes. Corra atrás da sua garota especial. Você merece ser feliz, não deixe uma garota nova estragar tudo.
– mas como farei para me desculpar com ela, mãe? – perguntei curioso.
– eu não sei querido. Mas sei que fará a coisa certa. E depois de se acertarem traga sua namorada e a melhor amiga loira dos cabelos bonitos para cá. Farei um bolo delicioso. –disse ela doce como sempre. Sorri lhe beijando a bochecha, levantando da cama junto a ela caminhando em direção à sala de jantar.
[...]
Saí da lojinha em disparada. Estava atrasado para a escola. Chegar atrasado a algum compromisso não era do meu feitio. Porém, para minha sorte a lojinha não era tão distante da escola, então tive a sorte de chegar a tempo de ouvir o sinal tocar para a primeira aula do dia. Fui até o armário com uma rapidez incrível pegando o livro para a aula de Filosofia caminhando logo em seguida para a sala. Com sorte, fui um dos primeiros a entrar na sala já que a grande maioria ainda se dirigia para as salas com a maior lentidão do mundo. Infelizmente não teria essa aula com Anna, porém para minha sorte minha dupla era a loira que chegara à sala junto a um grupinho de amigas. Momentos depois se despediram e ela caminhou em minha direção sentando ao meu lado sem me dirigir uma palavra sequer. Limpei a garganta um pouco sem jeito. Pelo jeito, ela deveria estar a par de tudo.
– Ash...
– não fala comigo não, Jujuba mau Jujubada. – a interrompeu.
– mas...
– não mesmo! Você foi uma Jujuba muito má com a Aninha Abelinha, e como eu não posso dar uns tapas no seu traseiro açucarado, vou deixar esse trabalhinho pra minha moreninha abelhuda. – respondeu ela bravinha. Eu ri do seu instinto protetor tirando da bolsa a pequena caixinha abrindo a mesma em seguida. Vi os olhinhos azuis dela, brilharem e um sorriso surgir em seu rostinho.
– Jujuba! Que lindo! Você vai dar pra Aninha é? Que fofinho, ela ama caveirinhas. – disse ela com uma voz de criança.
– é sim. É um colarzinho bem simples eu não tinha dinheiro suficiente para um melhor, mas acha mesmo que ela vai gostar deste? – perguntei a ela que sorriu bobinha assentindo positivamente.
– que fofinho, Jujuba, ela vai amar. Ela ficou chateada com o que você fez, mas tá doidinha pra te dar umas beijocas. É só você conversar com ela, que em segundos os beijinhos vão rolar. Agora diz pra ela deixar a Milhela na bolsa pra tadinha não perder a inocência né?! – a comentou. Eu ri confuso pelo que falou, guardando o colarzinho na pequena caixinha, deixando a mesma em seguida no bolso da minha calça.
– quem é Milhela? – perguntei curioso. Ela riu dando de ombros, passando as mãos pelas mexas loiras de seu cabelo bem organizado.
– é a ovelhinha de pelúcia superfofa da Aninha. Mas não liga para o nome estranho, ela ganhou a Milhela quando tinha quatro aninhos. Né fofo? – perguntou ela no final, eu ri.
– eu nunca vi essa pelúcia antes. – comentei baixinho vendo a professora entrar com lentidão na sala.
– é porque ela fica bem guardadinha no closet dela. É a pelúcia preferida dela, ela trouxe-a ontem, como foi que você não viu? – perguntou ela curiosa.
– bom...
– ah... Entendi. Você tava com a Clarice, é claro. Espero mesmo que pense sobre suas atitudes, a Clarice é uma garota inteligente, e pode ser atraente para você por esse motivo. Mas se magoar a minha amiga vai pagar muito caro. Ela é como uma irmã pra mim, e por mais que eu goste de você Jujuba, se magoá-la vai se arrepender te der nascido. E isso não é uma ameaça, é uma promessa. Espero que tenha entendido muito bem o recado. – comentou séria, virando-se para frente assim que terminou de falar.
Ela não parecia estar brincando, querendo me dar um pequeno susto. Seu humor mudou tão de repente que chegou a me assustar, e suas palavras ecoavam em minha mente. O seu instinto protetor falou mais alto do que qualquer coisa, isso eu pude sentir. Olhei para baixo, engolindo a seco. Com medo da ideia de perder Anna Mel. O amor da minha vida.
[...]
Baixei a cabeça ouvindo as risadas das pessoas que passavam a minha volta. Os costumeiros empurrões, os costumeiros xingamentos, as costumeiras gargalhadas que me deixavam completamente machucado por dentro. E mais uma vez, eu me sentia um nada. Uma pessoa completamente descartável, um Zé ninguém. Todos riam de mim, enquanto eu caminhava envergonhado e atordoado pelo refeitório da escola. Alguns colocavam os pés na frente dos meus para que eu caísse e por sorte eu conseguia desviar de alguns. Eu tentava a todo custo equilibrar a bandeja em mãos, mas eram um trabalho quase impossível com pessoas me dando fortes empurrões em pura maldade. Mais uma vez eu era a piadinha da escola pelo simples fato de que eu não quis dar o trabalho para uns garotos do time de basquete e eles me bateram na frente de todos em um dos corredores da escola, que ficavam próximos a sala de biologia e matemática. Eles eram tão ridículos.
Eu não entendia porque faziam aquilo comigo, já que eu nunca os fiz mal. Acho que todo o problema era ser o único bolsista neste lugar. Respirei fundo, encontrando uma mesa vazia bem afastada de toda aquela aglomeração apesar de ainda ouvir as risadas debochadas extremamente altas. Com o dedo indicador ajeitei o óculo no rosto encarando a bandeja a minha frente. Tomei o copinho de suco em mãos pronto para dar o primeiro gole, quando sinto alguém virar o mesmo contra meu rosto o molhando com seu líquido. Ainda assustado, tirei o óculo do rosto e com a visão embaçada pude ver o semblante risonho de Frad a minha frente. Levantei de imediato da cadeira, apesar de levemente tonto.
– você só sabe comer isso seu viado? – o ouvi debochar, enquanto os outros riam de mim. Baixei a cabeça passando as mãos pelo rosto tentando limpar meu rosto quando senti por mais uma vez eles me arrastarem para o lado de fora, mais exatamente o jardim, jogando-me com brutalidade no chão.
– você é um imprestável mesmo. Não serve para absolutamente nada.
– mas pelo menos serve como saco de pancadas. – sugeriu outro a Frad e juntos eles caíram na gargalhada. Enquanto eles riam tentei levantar, porém recebi um chute tão forte no estômago que acabei caindo com tudo no chão sentindo a dor me consumir e o gemido doloroso ultrapassar minhas cordas vocais ecoando alto. Fechei os olhos com força, sentindo a série de chutes e socos terem inicio. Eles batiam com tanta força, que não tinha a mínima condição de revidar algum golpe.
Meu corpo doía, e parecia que a qualquer momento minha cabeça explodiria. Eles riam entre cada golpe desferido com força contra mim, como se aquilo tudo fosse realmente engraçado. Minhas lágrimas molhavam meu rosto machucado, e com a visão embaçada eu olhava por momentos para o rosto de cada um deles, onde encontrei um sorriso satisfatório e debochado.
– é tão imprestável. Nem se defender ele sabe. Esse panaca merece apanhar e muito para aprender a ser um homem de verdade. – ouvi Frad dizer desferindo mais um murro contra meu rosto já machucado. Gemi de dor, perdendo as forças pouco a pouco quando recebi um chute em meu membro. Aquilo doía muito e tudo o que eu queria era que essa ‘sessão pancada’ acabasse rápido. Pus a mão por cima do meu membro, sentindo-o doer, mas do que imaginei de doeria. Quando por mais uma vez acertaram minha mão por cima do mesmo, o que me fez grunhir de dor.
– PARA COM ISSO FRAD! PARA AGORA! –ouvi os gritos da pessoa que eu menos esperava que viesse ao meu socorro depois de tudo.
– qual é Anna Mel, estou apenas dando um corretivo nele pelo que fez com você. – reclamou ele debochado.
– nossa como você é um completo covarde. – comentou Damon ao lado de Anna debochado como sempre. Deitei a cabeça sobre a grama do jardim. A cada vez que eu respirava sentia uma terrível pontada no peito. Minha cabeça latejava em dor e ao que parecia as forças do meu corpo iam pouco a pouco.
– me admira você Damon, defendendo esse nerd nojento. – comentou Frad o encarando.
– eu sei que se eu quiser brigar com alguém faço isso sozinho. Não preciso de companhias como você, meu caro. – rebateu irônico.
– deixe-o em paz, você não tem o que se meter com minha vida. Saiam daqui. Saiam todos vocês! – disse Anna firme, fazendo tanto Frad e seu grupo ridículo como a plateia que assistia a agressão retornarem para seus afazeres.
– meu Deus! Juju o que fizeram com você? – perguntou ela já ajoelhada ao meu lado, deixando minha cabeça sobre seu colo, deixando uma lagrima molhar seu rosto lentamente e depois pingar em minha testa. Era como se todas as minhas forças se fossem, minha visão virava. Uma sensação terrível tomou conta do meu ser. Depois disto, tudo ficou escuro.
[...]
POV ANNA
– deixem-o na minha cama. – falei para um dos rapazes do hospital que assim o fizeram. Saindo do quarto em seguida. Suspirei encarando seu rosto machucado. Com cuidado sentei ao seu lado na cama segurando suas mãos geladas entre as minhas. Era difícil segurar as lágrimas. É terrível ver ele nesse estado. E ainda saber que não pude fazer absolutamente nada para impedir, me deixava ainda mais triste.
– eu estou lá em baixo, Anna, se precisar de qualquer coisa é só gritar. – disse Damon baixinho deixando um beijo em minha testa. Assenti vendo o mesmo sair do quatro em seguida.
– será que a Jujuba vai ficar bem? – perguntou Ashley com uma voz de criancinha assustada a minha frente.
– eu não sei. Talvez, eu acho. – falei baixinho acariciando os cabelos do meu bebê com cuidado. Suspirei em seguida, vendo o garoto que eu amo todo machucado. Imóvel.
– mas ele vai ficar bom, né? Quer dizer, ele tem que ficar bom. Imagina como vai ficar nossa vida sem essa Jujuba? Eu sei que ele errou, mas, ele é uma Jujuba. E não podemos ficar sem a nossa Jujuba. – argumentou ela tristonha. Eu ri fraquinho levantando o olhar para encará-la.
– claro que ele vai ficar bom. Ele só levou uma surra, mas vai melhorar logo.
–ai que bom! Eu não queria ficar sem essa Jujuba. Eu gosto de apertar a bochechona açucarada dele, e ainda mais quando ele passa a cola da prova de história.
– é só por isso que não quer que ele morra?
– não.
– então por quê? – perguntei segurando o riso vendo sua carinha de indecisa enquanto mordia os lábios, fazendo uma carinha fofa.
– ah para Aninha!
– Ashley.
– tá legal! Eu falo. Ele pinta unhas como ninguém. Tudo bem que as vezes ele borra, e puxa algo que não deve puxar mas pinta muito bem. Minhas unhas ficam perfeitas quando ele as pinta, tô falando sério. – a comentou, fazendo alguns gestos com a mão. Ri vendo-a mostrar as unhas recentemente pintadas para mim com orgulho.
– porque você nunca mostrou a ele a Milhela? – perguntou ela curiosa.
– nunca tive a chance. Mas porque a pergunta?
– não, por nada não. – ela riu maquiavélica revirando os olhos e fazendo alguns gestos estranhos com as mãos que me fizeram rir baixinho.
– eu comprei um batom novo. É tão bonitinho e brilhoso. É uma fofura. – a comentou.
Neguei com a cabeça revirando os olhos. Ela sempre compra batons da mesma cor. E entre unhas e cabelos a conversa ficou um pouco mais leve enquanto o tempo passava um pouco mais rápido. Depois disso, ela precisou ir embora, alegando que iria roubar umas beijocas do Damon o que me fez rir vendo a mesma sair do quarto. Certo, apesar de um pouco estranho eles faziam um belo casal. Diferente, mas ainda sim belo. Mas ao que parecia Ashley estava gostando de outro rapaz, e ao que tudo indicava não era simples. Mas a Ashley ‘caidinha’ pelo Damon não a deixou e era por isso que ela tentava roubar umas beijocas dele. Em meio aos pensamentos observei por mais uma vez o rosto do meu pequeno anjinho sentindo sua mão apertar levemente a minha. Meu coração teve as batidas aceleradas e um sorriso surgiu no meu rosto quando ele pouco a pouco abria os olhos, observando meu rosto olhar que eu não conseguia decifrar.
– como se sente? – perguntei baixinho pra ele me aproximando ainda mais do seu rosto.
– me desculpa. – murmurou ele.
– não faça esforços, por favor...
– não. Me escuta por favor. Eu te amo, eu sei que o que eu fiz não foi legal. Mas eu amo você, não quero te perder. Eu faço o que você quiser, mas não me deixa não consigo viver sem você. – dizia ele com dificuldades devido à fraqueza e as certas dores musculares que sentia.
– Juju não vamos falar sobre isso agora...
– por favor, me perdoa. Eu não suporto saber que você está chateada comigo. Eu prometo que nunca mais farei isso, prometo que serei o melhor namorado, que farei o que quiser, mas não me deixe. Por favor, não me deixe eu te amo. – insistiu ele apertando ainda mais minha mão.
– promete que não vai mais fazer de novo?
– eu prometo. Prometo, prometo, prometo, prometo. Mas me perdoa, por favor. – pediu com um olhar doce de menininho inocente o que de fato ele era.
E quando eu olhei para aqueles olhinhos cor de mel arregalados pude ver a sinceridade de suas palavras e aquilo me fez sorrir largo. Apoiei o cotovelo na cama bem pertinho dele, segurando seu rosto com cuidado depositando em seus lábios um beijinho doce e molhado. Ao fim do mesmo vi um meio sorriso se formar em seu rosto a espera de minha reposta.
– é claro que eu perdoo você, Juju. Eu amo você, esqueceu? – afirmei brincando na ultima frase vendo agora o meio sorriso tomar conta de seu rosto. Se ele soubesse o quanto eu amo esse sorriso.
– eu também te amo muito mesmo. E prometo que serei o melhor namorado de todos. – afirmou ele.
– você já é querido. Você já é. – falei lhe beijando docemente por mais uma vez, matando a saudade arrasadora que sentia. Agora sim. Está tudo bem novamente.

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