23 de jun. de 2013

My Dear Nerd - What If - Capítulo 14 - Pouca Vergonha


POV ANNA
Saí do quarto com um pouco de pressa, descendo as escadas na mesma velocidade a caminho da cozinha. Quando cheguei ao final da escada dei uma olhada bem rápida para conferir se meu pai não estava, e para minha sorte vi apenas minha mãe e irmão na cozinha. Sorri com isso, quando a vi derramar o chocolate quente nas xícaras.
– pode vir Anna, papai está no consultório. – falou Mike dando um pequeno gole no chocolate. Eu ri caminhando na direção deles, deixando uma beijoca molhada na bochecha da minha mãe que riu.
– nossa como está linda querida. Para onde vai? – perguntou ela me abraçando de lado. Eu ri ajeitando o vestido melhor ao meu corpo. Mike por sua vez me olhou com cara de poucos amigos. 

– é mesmo, para onde vai mocinha? – perguntou ele arqueando a sobrancelha.
– eu não tenho que te dar satisfações seu fedelho. – retruquei segurando uma risada.
– eu não sou fedelho! Tenho dezessete anos, sou mais velho e seu irmão. Por tanto me respeite e diga com quem vai sair! – rebateu ele ficando a minha frente bufando irritado. Dei uma risadinha fraca o vendo ficar ainda mais nervoso.
– querido não grite com sua irmã. – repreendeu mamãe risonha.
– mas mãe, eu só quero proteger essa burrona aí! – defendeu-se ele. Irritada dei um tapa em seu braço ouvindo o mesmo reclamar baixinho.
– burrona é a loira que cê tá pegando. Ou tava pegando. Mãe sabia que ele me pediu suborno para não revelar ao papai meu namoro com o Juju, e gastou minhas cinquenta pratas com uma garota? E sabia que essa mesma garota deu o fora nele, dias depois? – comentei irônica vendo a feição de risonha de a minha mãe mudar para a de furiosa em segundos curtíssimos. E quando vi meu irmão arregalar os olhos, precisei instantaneamente segurar a risada alta.
– Mike! Não acredito que pediu suborno a sua irmã! Sabe que isso é errado! – a repreendeu.
– é isso aí mãe, acaba com ele. – eu ri a vendo virar pra mim séria. Parei de rir no mesmo instante.
– e você não acha que estava errada quando subornou seu irmão?
– mas ele ia contar!
– você sabe que seu irmão é quase como um cachorro. Late mas não morde. E você Mike, devolva as cinquentas pratas da sua irmã. – reclamou ela.
– mas por quê? Como vou devolver se gastei tudo? Ela que me subornou! – defendeu-se ele.
– é mentira! Ele que pediu o suborno! É tudo culpa do Mike!
– é tudo culpa SUA ANNA MEL!
– é sua toda sua. A culpa é toda sua! – nos gritávamos uns com os outros quando mamãe entrou na nossa frente, interrompendo nossa pequena discussão nada civilizada.
– já chega dos dois! – disse ela bufando.
– mas foi ele quem começou tudo. – dissemos em coro.
– eu não quero saber quem começou, só quero que parem de brigar imediatamente. – disse ela. Vi Mike bufar, pegando sua xícara caminhando até a sala. Encarei o relógio de pulso da minha mãe, constatando que logo Juju chegaria aqui.
– certo querida, me diga agora aonde vai, com quem vai e quando volta. – disse ela.
– eu vou a uma reunião familiar na casa do Juju. Ele acha que seria bom que sua família me conhecesse, além do mais seu pai e seus irmãos estarão lá. – justifiquei dando de ombros. Para falar a verdade, eu estava nervosa. Meu medo era dos pequenos Bieber não gostarem de mim. Não jeito com criança. Se Ashley fosse, poderia me ajudar com isso, mas como está viajando em uma convenção de cabelo, ou algo parecido, me abandonou nesse momento crucial da minha vida. E sim, eu tenho medo de crianças.
– ele tem irmãos pequenos? – perguntou mamãe curiosa e levemente assustada. Ela sabia perfeitamente o quando eu me sentia ‘acuada’ perto de pequenos. Ri nervosa, passando levemente as mãos pelos cabelos, encarando rapidamente meu anel de bigode.
– sim tem dois. A menininha tem dois anos, e o menorzinho tem um aninho. Eu acho. – respondi suspirando.
– calma querida. Eles vão gostar de você. – disse ela, me abraçando de lado. Neguei dando a volta no balcão.
– eu tenho a certeza absoluta que eles vão me odiar assim que me virem passar pela porta. Isso sim é certo. Sem sombra de dúvidas.
– não seja negativa.
– não estou sendo negativa. Estou sendo realista. É diferente. – corrigi ouvindo a capainha tocar. Suspirei mandando um beijinho para ela, e assim caminhei até a porta da sala passando por um Mike com cara de poucos amigos. Abri a porta, vendo Juju todo arrumadinho com um sorriso boboca na cara, estendendo uma florzinha vermelha nas mãos. Sorri o abraçando de imediato roubando um selinho bem longo e demorado. Ao partir o beijo, ele ajeitou com o dedo indicador os óculos abraçando meu corpo o colando ao seu. 

– nossa você está muito linda. Muito mesmo, mesmo, mesmo, mesmo, mesmo, mesmo...
– tudo bem Juju, tudo bem. Eu já entendi. Estou bonita. – o interrompi risonha.
– eu trouxe isso pra você. – disse ele me estendendo a rosinha vermelhinha. Peguei-a deixando-a junto às demais flores que ele me trazia em um pequeno vazo na sala.
– cuidado com a minha irmã. Se acontecer alguma coisa com ela eu corto o seu pau fora. – ameaçou Mike sem tirar os olhos da TV, comendo com calma a pipoca em seguida tomando um belo gole do refrigerante. Juju engoliu a seco o que me fez rir e lhe beijar a bochecha. Mas que bobinho.
[...]
Parei instantaneamente assim que vi o jardim da casa cheia de pessoas alegres e divertida. As risadas altas, as conversas, os tios das piadas sem graça, as crianças correndo alegremente pelo jardim em meio a brincadeira. Crianças... Crianças... Esse pequeno nome estava me deixando tão assustada que eu tinha os olhos arregalados pelo medo, e meu corpo parecia não querer agir normalmente. Eu observava uma por uma, pequeno por pequeno, todos eles tinham um sorriso largo no rosto. Alguns bebês de colo, com seus devidos sete ou oito meses se deliciavam de frutas partidas cuidadosamente em pequeninos cubinhos sem fazer ideia do que acontecia a sua volta. E meu desespero aumentou ainda mais quando vi uma garotinha linda de cabelinhos loiros se aproximar com um belo sorriso estampado com orgulho no rosto.
– Boo-Boo! – a sua vozinha fininha e fofa me despertou dos pensamentos malucos e assustados. Vi Juju pegar a garotinha no colo sorrindo mais largo do que ela, lhe dando um beijo estalado na bochecha. Certo, essa deve ser a irmãzinha.
– oi minha princesa que saudades! – ele respondeu risonho.
– olha minha Babi nova! Papai me deu! Né buita? – perguntou ela errando as palavras o que o fez rir. Olhei a bonequinha que ela carregava nas mãos. Ela era toda rosinha e loira. E aquilo me fez lembrar Ashley, além da minha amiga parecer uma Barbie, Ash tinha uma bonequinha colacionável idêntica a da pequenina.
– é linda Jazzy. – respondeu ele com doçura.
Eu estava em pânico, e o momento que eu mais temia chegou quando Jazzy virou o rosto para me encarar. Ela me encarava curiosa enquanto eu engolia a seco, também encarando ela de olhos arregalados. Juju estava tão feliz que não tinha percebido meu estado de pânico. Ela não sabia que eu tinha ‘medo’ de crianças.
– quem é essa minina buita, Boo-Boo? – cochichou ela, mas eu ouvi e quase sorri quando ouvi-la dizer que sou bonita. Mas eu ainda estava em completo pânico, então permaneci quieta no mesmo lugar.
– essa é a minha namorada, Jazzy. Diz oi pra Anna Mel. – falou ele ainda com o sorriso bobo no rosto. Respirei fundo, esperando ela descer do colo do Juju e chutar minha perna.
– vuxê sabe fazê bolu? – perguntou ela curiosa.
Ainda nervosa assenti positiva quando vi o rostinho dela abrir um lindo sorriso pra mim. Ainda sem reação, a vi estender os braços para mim e assim a peguei no colo sentindo a pequena deixar um beijinho doce na minha bochecha. E aquilo me fez suspirar aliviada sentindo um sorriso ainda tímido invadir meu rosto.
– vuxê gusta da minha Babi? – perguntou ela, mexendo nos cabelinhos da boneca. Ri.
– é linda Jazmyn. – falei rindo. Juju me abraçou por trás beijando nossas bochechas. Rimos juntos.
[...]
POV JUSTIN
Demos mais uma colherada no delicioso sorvete caseiro que Anna preparou para nós. Sim, ela foi audaciosa! Eu nunca imaginei que ela conseguiria conquistar a família toda de uma vez só. Ainda mais pela barriga. Mas ela como um verdadeiro gênio conseguiu mais este trunfo. Jazzy se apegou a Anna muito rápido, e os demais principalmente depois que ela preparou o prato principal típico do Canadá.
E sim, eu estava com muito orgulho pela minha garota ter conseguido conquistar o coração de todos. Jaxon foi o único que só acordou na hora do sorvete. Ele é um verdadeiro comilão, sabemos disso, mas, como ele é só um bebê não vamos levar isso a sério. Pus mais uma colherada do sorvete na boca, saboreando aquela delicia preparada pelas mãos do mais belo anjo. Mas podem chamá-la de Anna Mel Montês.
– então, está gostoso? – perguntou ela do outro lado do balcão esperançosa. Sorri mandando um beijo para ela, enquanto os demais parentes que restaram a enchiam de elogios pelo delicioso sorvete caseiro. Olhei para o relógio de relance em seguida me assustando com a hora. Levantei da mesa organizando minha roupa mão.
– gente desculpe interromper, mas já está tarde. Não quero que a Sra. Montês se aborreça. – falei fazendo os outros reclamarem baixinho. Depois de algumas despedidas, saímos da casa abraçados sobe carinhos e risadinhas constantes. Era tão bom estar assim com ela, e saber que tinha a mulher da minha vida junto a mim novamente. Seu perdão, além de suas atitudes, mostrava-me que Anna Mel não era como as outras garotas.
– como vai o olho roxo? – perguntou ela curiosa e preocupada. Beijei-lhe a bochecha pela milésima vez ao dia, a colando ainda mais ao meu corpo enquanto andávamos.
– está melhorando, querida enfermeira. – respondi atrevidamente safado provocando uma pequena crise de risadas na minha garota. E assim entre brincadeiras e outras chegamos a casa de Anna Mel e quando menos esperei a mesma puxou-me para dentro ainda risonha.
– está doida? E se alguém ver? – perguntei um pouco assustado.
Ela riu em resposta me jogando no sofá sentando no meu colo em seguida. Deixando depois um beijinho na pontinha do meu nariz. Dei uma risadinha fraca, abraçando sua cintura. Com a mão livre tirei do bolso a pequena caixinha preta em veludo onde se encontrava o colar.
– eu estava esperando um momento mais reservado para dá-lo a você. É simples, mas é de coração. Espero eu goste. – falei entregando a caixinha para ela que me olhou surpresa e sorridente.
– eu não posso aceitar Juju. Você gastou o seu dinheiro comigo e...
– aceite, por favor. Se não o fizer ficarei muito triste.
– obrigada meu lindo. – agradeceu ela com um sorriso tímido, porém lindo nos lábios pequenos e levemente rosados. Ela abriu lentamente a pequena caixinha que tinha em mãos e neste mesmo instante vi seus olhos brilharem e o pequenino sorrisinho eu sustentava no rosto crescer ainda mais. Anna parecia não acreditar no que via, dividindo olhares entre mim e o pequeno presente. Sorri esperançoso, a espera de uma resposta, observando ela parecer ainda incrédula.
– você gostou? – perguntei e seu olhar parou em mim no mesmo instante.
– se eu gostei? Eu amei! Eu sempre quis um desses! É incrível! – respondeu ela ainda boba e sem mais esperar abracei seu corpo deixando beijinhos por todo o seu rosto.
Riamos como dois bobos, mas só eu sabia o quanto eram incríveis as sensações de borboletas no estômago. E entre o clima romântico de risadinhas, demos um passo maior deixando o clima um pouco mais quente do que imaginei. Os beijos eram mais sexy e demorado, as línguas mais envolvidas uma na outra, os toques em lugares ‘proibidos’ estavam me deixando louco. Anna Mel era ousada e sua mãozinha entrou na minha camisa, eu não sabia como ela tinha conseguido este feito, mas eu apenas sabia que ela aranhava levemente o meu peitoral com as unhas pintadas de preto. E eu sabia também que estava gostando do seu toque. E de seus beijos quentes e sua língua envolvida deliciosamente com a minha. Colei seu corpo no meu ainda mais, descendo uma das mãos pelas suas costas até o seu bumbum e em um ato de total atrevimento apertei com força seu traseiro ouvindo um gemido dela, durante o beijo.
– MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA?

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