5 de set. de 2013

My Angel - Capítulo 14 - Encontro com Luca

10 de Março, Domingo, New York City, 9:30am
- Vamos Hanna, desça depressa! - gritava Justin em animação do andar de baixo. Atendi a seu pedido, o realizando lentamente. A segundos atrás encontrava-me repousando, sonhando com o dia em que finalmente estaria livre de tanto ódio e dor. Um merecido descanso, depois de uma longa noite de pesadelos com as pessoas que mais odiava e que causaram um terrível mal a minha vida. Porém, ao chegar finalmente na cozinha, o vi de costas para mim. Parecia bastante concentrado no que fazia ao forno, mas minhas atenções estavam voltadas para outro lugar. Não era a primeira vez na vida que vi um homem de cueca, pessoas bêbadas fazem loucuras, independente do lugar em que se encontram. Justin usava apenas uma cueca box azul marinho, deixando evidente seu belo traseiro e suas costas largas e másculas. Era de fato uma maravilhosa visão. Será que dá pra parar de ficar olhando pro traseiro dele? Sua louca, se controle!
- Você gosta de panquecas, não é? Também fiz ovos com bacon e... Terra para Hanna, responda. Câmbio. - Despertei com sua risada e lhe encarei os olhos. Notando o quão boba encarava sua parte de trás, pus a mão no rosto e fiquei de costas para ele. Que vergonha! Ele viu.
- Será que dá pra você vestir uma roupa? Não pode ficar andando pelado pela casa. - reclamei. Olha de novo, gosto de ver o tamanho da circunferência... Cala a Boca!
- Não estou pelado, Hanna. E para ser bem sincero, tenho certeza que você gostou, afinal, não parou de olhar para o meu traseiro. - admitiu entre risadas. E que traseiro! Chega!
- Você vai por uma calça ou não? - insisti nervosa. Hanna Evans nunca fica nervosa.
- Tudo bem, você venceu. - respondeu vencido, enquanto esmurrava-me internamente por admirar demais seu corpo. - Pronto, pode virar. - ele ainda estava sem camisa. Mas estava tranquila por ele usar uma longa calça de moletom cinza, que eu não fazia questão de saber de onde vinha.
- Ufa. Nunca mais faça isso novamente.
- Porque, tem medo de se apaixonar? - brincou.
- Na verdade, é só medo de morrer de susto. - entrei na brincadeira. Alguns homens poderiam se ofender facilmente com meu comentário. Mas Justin não parecia ser qualquer um. E comprovando isso, ele riu segurando inconsciente sua barriga definida. Isso que ouvi foi um suspiro? Hanna Marie Evans, você está suspirando, foi isso mesmo que vi? Não enche.
- Você é doce como um limão. - piscou.
- Obrigada.
- Mas eu amo limões. - mordeu os lábios tentando ser sexy.
- Bobo.
- Sabe, lembra que falei que iríamos visitar meus pais hoje? Está pronta para ir? Meus irmãos chegaram ontem de viagem, e o mesmo com meus amigos. Estou ansioso para que os conheça. Irá adorá-los, são pessoas maravilhosas. - continuou sorrindo. Não gostei da ideia, ela era realmente detestável. Seria mais um método de tortura, ver outras pessoas felizes, um ambiente onde todos se amam. Infelizmente, não sabia como recusar o convite.
- O que quer que seja que você preparou, lá na panela, vai queimar se não der uma olhadinha. - apontei para o fogo, mudando de assunto. 
- Ai caramba!
[...]
- Não precisa ficar nervosa, eles são maravilhosos. - comentou Justin, cortando o incômodo silêncio que instalou-se entre nós desde que saímos de casa.
- Não estou nervosa. - menti. Era uma péssima ideia, realmente péssima.
- Já falei que você mente muitíssimo mal? - perguntou desviando por meros segundos suas atenções para mim.
- Isso não é verdade.
- Oh, jura?
- Claro. Por exemplo: Você está realmente encantador com essa roupa. - tentei mentirosa. Ele, como sempre, deixou uma gargalhada escapar.
- Muito obrigada pela parte que me toca. - fingiu-se ofendido. Aquilo me fez rir.
- Por nada.
- Mas continua mentindo mal.
- Doido!
- Eu sei, sou seu doido predileto. Sabe, meu traseiro e eu conversamos e, achamos completamente justo que possa admirá-lo amanhã antes da escola. E depois também, se quiser, é claro.
- Bobo. - os pneus rodaram um pouco mais pela cidade, e logo estávamos parados em frente a uma gigantesca e imponente mansão. Minhas entranhas pareciam se comprimir a cada vez que olhava para a casa nada humilde dos pais de Justin. Era realmente desconfortável para mim, já que o mais próximo que cheguei de uma parecida era através de fotos em revistas. Apesar de magnífica, não me sentia parte daquele lugar. Jamais desejei viver em uma casa como essa, e isso nunca aconteceria, de fato. Me imaginei morando em um lugar como esses, enquanto um grande portão de ferro se abria para nos dar passagem. Não gostei do que meus pensamentos mostraram, e senti uma espécie de grande incômodo ao pensar que passaria, provavelmente o dia ali. Minha simplicidade gritava, afirmando que, aquele, jamais seria meu lar. Em meus sonhos, via uma pequena casinha branca de cerca viva a volta, em uma respeitável vizinhança; como em filmes. E aquele sonho, da casinha simples e modesta era o suficiente para me fazer feliz, e com certeza o meu maior sonho.
- Ah, a propósito, você está realmente linda. - minhas bochechas queimaram ao ouvir as palavras dele. Parados, agora, em frente a grande escadaria que levava até a porta de entrada, tentava em vão conter as mãos suadas e trêmulas enquanto ele, já fora do carro, abria a porta para mim como um verdadeiro cavalheiro. Fiz uma careta ao perceber alguns homens cuidando da grama. Outro, desceu parado a porta no alto das escadas, tinha uma postura reta, e a cada vez que estava mais próxima dele, percebia que era o mordomo.
- Olá, Alfredo. Como está? - cumprimentou Justin.
- Maravilhosamente bem, Senhor.
- Quantas vezes vou precisar pedir pra não me chamar desse jeito? Só vai poder dizer que sou "Senhor" quanto meu traseiro deixar de ser esse lindo pêssego que é, e do qual tanto me orgulho. - piscou deixando as chaves do carro na mão do homem; ele, nada fez além de revirar os olhos e rir do modo que sua etiqueta exigia.
- O Senhor...
- Alfredo!
- Você, - corrigiu. - é realmente muitíssimo engraçado.
- Bem, de qualquer modo obrigada.
- E quem é a senhorita? Se não for muita ousadia é claro.
- Ah, essa aqui é Hanna Evans, minha namo... Amiga. Ela é minha amiga. - corrigiu-se rapidamente. Porque ninguém me escuta quando digo que ele é retardado?
- É um enorme prazer conhecê-la, Hanna Evans.
- Apenas Hanna. Também é um prazer conhecê-lo.
- Alfredo.
- Mamãe está em casa?
- Está a sua espera, na verdade. - respondeu educado, abrindo para nós a belíssima porta.
[...]
- Você é daqui? - perguntou pela primeira vez uma garota ao longe. Seus cabelos longos e loiros, olhos brilhantes e azuis, suas curvas harmoniosas deixavam-me enjoada em relação a minha aparência. As outras, duas agradáveis garotas mantinham uma conversa equilibrada e divertida, contando-me cada detalhe do que mais gostavam, e um pouco de suas vidas. De assuntos interrompidos, olhei-a; o mesmo sorriso ensaiado, e mesmo olhar clínico.
- Sim.
- E faz muito tempo que você conhece ele?
- Justin? Não muito.
- Hum. - murmurrou. - Ele fala muito de você.
- Espero que esteja falando bem.
- Está.
- Isso é bom.
- E há quanto tempo estão juntos?
- Desculpe? - questinoei curiosa.
- Ouvi dizer que estão dividindo a mesma casa.
- Não estamos namorando, se é o que quer dizer.
- Só estava curiosa. O que comentam, é que ele sempre tem o que quer; isso também inclui garotas.
- Acho que já chega de veneno por hoje, Atilla. - retrucou Caith, a primeira namorada de Justin. Ou ao menos, é o que ele diz. 
- Olá, Caith. - respondeu, e em sua voz predominava a raiva contida e o nojo. Era a típica garota de filmes: bonita, popular, rica e mimada. Odiada por várias, desejada por outros. Querendo sempre aquele rapaz que é maravilhoso em todos os sentidos. Talvez fosse por isso, que ela se tornava ainda mais nojenta e volúvel para mim.
- Soube que seus pais estão indo a falência, é verdade? - perguntou ela, Caith, cruzando os braços.
- Não se meta no que não é da sua conta. - reclamou ela, enraivecida. Antes que qualquer reação precipitada, de qualquer uma delas, ocorresse, Justin apareceu ao nosso lado. Com ele, estavam as duas crianças lindas que conheci a algumas horas.
- Olá, meninas, vi que estão conversando. Espero que estejam se divertindo. - exclamou ele, sorridente. A menininha no colo dele, fez careta ao perceber a presença de Atilla.
- Estamos sim. É uma festa maravilhosa, e a comida é ótima. - afirmou Debby, - simplesmente Debby - uma morena de olhos castanhos claros, alta e simpática. Também, ex-namorada.
- Que legal. E precisam de alguma coisa? Posso ir buscar mais comida para vocês.
- É muita gentileza, obrigada. - agradeceu Caith, sorrindo para ele. Justin deixou a pequena no chão; ela sorriu e acenou para mim, em seguida, correndo até o irmãozinho que brincava, até agora, sozinho.
- Eu o acompanho, se quiser. - ofereceu-se Atilla. Ele sorriu, e juntos caminharam para dentro da casa. Senti vontade de esbofeteá-la, mas não o fiz.
- Não ouça o que ela diz, Justin não é assim.
- As vezes acho que ele não percebe que essa Oxigenada não é flor que se cheire. - comentou Debby.
- É claro que ele sabe que ela está interessada nele. Como pode não perceber? - retruquei. Elas não falaram nada, percebi que foi a deixa para continuar. - Com certeza deve se aproveitar disso e...
- Que parte do não acredite no que ela diz, você não entendeu? - interrompeu Caith. - Ele pode ser doido, mas, acredite, ele é o tipo de cara que não sai com qualquer uma. Entende? - fiz que não com a cabeça. Afinal, qual é o cara que não sai com qualquer uma? - Ele é do tipo romântico, para ser mais específica.
- Ah. - foi tudo que falei. Não adiantaria insistir em um assunto ao qual elas jamais entenderiam. Eram exatamente como Sara, Louise e Abigail: acreditavam no verdadeiro amor, e coisas parecidas. Entre algumas conversas, o dia passou e a tarde chegou mais rápido que do que pensei. E para ser sincera, ainda não me sentia confortável em estar naquela casa.
- Oi de novo.
- Oi, Justin.
- Vejo que gostou do jardim. Eu também gosto daqui, é tranquilo dá pra pensar e ver as estrelas. - seu comentário, não me fez falar. Ele percebeu que poderia continuar. - O que achou deles?
- Especifique.
- Meus pais você já conheceu. Estou me referindo aos meus amigos, entende? Debby, excelente em jogos de lógica; Caith, a estilista; Ryan, Chaz, Chris, os mais doidos do que eu; Jazzy e Jaxon, meus anjinhos  e Atilla a... - parou para pensar em uma possível descrição dela. - Bem, não sei como descrevê-la. - revelou, ainda pensativo. Pode chamá-la de vadia, respondi em pensamentos arrancando algumas folhas do chão. - Bem, acho que é melhor dizer, Atilla a garota das unhas.
- Garotas das unhas?
- Ela tem unhas legais, mas não muito legais, são só legais. - fiz esforço para fingir estar interessada no assunto, mas é claro que não deu muito certo.
- Ela gosta de você.
- Ela acha que gosta.
- E você gosta dela?
- Não. Atilla é uma boa pessoa, mas, é muito superficial. Preciso de alguém que me ame e entenda, que me ame do jeito que sou, e isso inclui meus defeitos. - explicou.
- Defeitos? Você não tem defeitos.
- É claro que tenho.
- Não, você não tem. Justin, você ajudou e abrigou em sua casa uma pessoa que mal conhecia, lhe deu comida e teto, e claro, atenção...
- Mas você não é qualquer um. É a Hanna Banana. - sua afirmação me fez rir. - É sério, acredite em mim quando digo que tenho defeitos.
- Certo, então diga um. - tentei não rir. Sentado ao meu lado na grama, ele fingiu pensar e escolher bem o defeito para me contar. Um completo bobo.
- Eu xingo. - disse por fim.
- Jura?
- Uhum, não ria de mim, é verdade. Eu xingo, falo muitos palavrões; tenho muitos deles na minha cabeça, todo o tempo. - ri. - É verdade!
- Tudo bem, então fale um para mim.
- Não posso repetir, é feio. - explicou e não pude segurar uma risada com sua declaração. Ele não é um fofo? Não, não é!
- Ainda mantenho o que disse antes. - comentei entre algumas risadas.
- Acredite quando digo que sou cheio de defeitos. - disse com um suspiro. Pegou minha mão que estava sobre uma de minhas pernas, e deixou ali um carinho. Gostei do gesto. Ficou louca?! - Você vai ver.
- Porque estão aqui? Há uma festa lá dentro, sabia?
- Oi pra você também, Atilla. - retrucou risonho. A garota sentou ao seu lado, e apoiou-se nele a ponto de abracá-lo de lado. E outra vez, senti que deveria socar o rosto da loira até deixá-lo deformado o suficiente para não ser atraente de maneira nenhuma. Mas por mais uma vez, eu não o fiz.
- Você deveria estar lá dentro, estão apostando sabia? Assim poderia apostar um beijo seu. - mesmo não os encarando, sabia que ela tinha mordido os lábios. Era tão nojento. Como alguém poderia se oferecer desse jeito? Atilla, era uma das muitas pessoas dignas de pena,... E nojo também.
- Não sou tão beijável assim. - senti seu desconforto. Porém não era igual ao meu de estar perto deles nesse momento.
- Duvido muito. Mas já que diz, por que não me deixar provar, e saber se é mesmo não beijável como diz. - continuou oferecendo-se a ele como um pedaço de carne. Impossibilitada de continuar perto deles, levantei em um único impulso e tentei passar despercebida pelos dois. Ninguém merece!
[...]
- Não a beijei se foi isso que pensou que fizemos. - começou ele, após longos minutos em silêncio. Não queria estar com raiva dele, afinal, não cabia a mim escolher quem ele deveria beijar, mas parecia impossível esconder esse terrível incômodo.  Está gostando dele. Não, eu não estou.
- Não precisa dar satisfações da sua vida a mim. E também não preciso ter um relatório completo da sua Distribuição de Saliva. - rebati, fazendo esforço para esconder minha frustração. Está gostando dele. Cala a boca! Sentei melhor ao banco da praça - lugar em que decidimos parar para observar um pouco da linda noite que se fazia -, o vento batendo em meus cabelos. Está gostando dele, lálá lálálá. Cala a boca!
- Só estou contando porque notei seu incômodo.
- Na verdade, não gostei de ter ficado sozinha lá, enquanto o casal se pegava.
- Primeiro: Não somos um casal. Segundo: Não estávamos nos pegando. - explicou. - Terceiro: Você está se mordendo de ciúmes. - sabendo que não continuaria sério, ele deu uma gargalhada gostosa, como se tivesse acabado de ganhar o presente que tanto quis. Fiquei irritada, e vermelha de vergonha. Como assim com vergonha? Ouvi direito? É o fim pra mim, Hanna Evans nunca sente vergonha. O que está fazendo aqui, intrusa? Saia imediatamente!
- Não estou com ciúmes, porque ficaria com ciúmes de você? - me defendi. Não estou com ciúmes, não estou com ciúmes, não estou com ciúmes!
- Está sim, ô! Veja como está uma graça com as bochechas vermelhinhas. - continuou rindo, feliz da vida.
- Você é muito bobo, só porque não quis ficar perto, não significa que esteja sentindo... Sentindo isso sobre você. Eu não amo ninguém!
- Você finge que é verdade que eu finjo que acredito. - piscou sorrindo. Irritada levantei do banquinho e andei até o outro lado da rua, onde avistei um senhor de idade com um carinho de sorvete. Ainda sentia ecoar em minha mente, as risadas espontâneas de Justin quando percebi uma movimentação estranha. Pensei em voltar e tornar a sentar perto do garoto bobo que conheci, porém, reconheci o sorriso cruel e os olhos que custaram a sair de meus pesadelos. E foi assim, que dobrei a rua mais próxima tentando despistá-los, o que claro, foi uma tentativa falha. Luca foi mais rápido do que minhas perninhas curtas e agarrou meu braço tão firme que senti meus ossos doerem, e virou meu corpo de frente para o seu. Era difícil manter a pose de garota durona quando se tem alguém lhe apertando tanto assim.
- Pensou que ia fujir, boneca? - riu. - Pensou errado!
- Me largue!
- Ainda quero meu dinheiro, Hanna. Agora!
- Já disse que não tenho, agora me largue.
- Você ouviu a garota, solte-a.
- E você vai fazer o que, frangote? Essa vadia aqui vai pagar...  - debochou Luca, e logo ele teve sua resposta. Justin lhe deu um soco certeiro no rosto e a força foi tanta, que o imbecil largou meu braço e caiu no chão. Rápido, Luca ergueu-se do chão e retribuiu o soco. Meu coração bateu depressa quando vi Justin cambalear, mas ele logo estava pronto para mais uma. Era bom de briga, e observei Luca apanhar feio. Fiquei horrorisada o suficiente para ficar parada de onde estava. De olhos arregalados, Jus deixou mais alguns chutes e murros, em Luca deitado no chão. Não consegui reconhecer o garoto que conversava a algumas horas atrás. Estava totalmente transtornado e aquilo me assustou muito. Pensei ter visto Iago ali e reviver aquela sensação era extremamente desagradável.
- Nunca mais a chame de vadia. Nunca! - gritava ele para o crápula ao chão.
- Ela me deve dois mil dólares só em juros. Quero o meu dinheiro! - urrou Luca do jeito que podia. Depois de mais alguns chutes em sua barriga, Justin abriu sua carteira e jogou nele algumas - muitas - notas verdes. Puxou-o pelo cabelo, o deixando bem próximo de seu rosto. Justin estava fora de si.
- Recebeu seu pagamento, agora nunca mais chegue perto dela. Nunca. - dito isto, o jogou com violência no chão e me guiou até o carro.
[...]
Ainda 10 de Março, Domingo, New York City, 23:25pm
- Posso entrar? - tremi ao ouvir sua voz novamente. No silêncio do quarto, respirei lentamente permitindo a entrada dele. Ao fechar da porta, olhei para o chão, sentada na cama macia.
- Você está bem? - perguntou se jeito. Confirmei com a cabeça sem encará-lo. Lentamente, ele sentou a beira da cama ao meu lado, e assim, passamos alguns segundos em silêncio. Recuei um pouco. - Queria pedir desculpas pelo que viu hoje, eu juro que não sou assim, mas... - suspirou. - Não me controlei. Não suportei ouvir alguém chamar você de um nome tão horrível, você não merece. E quando dei por mim, já tinha metido um murro na cara dele. - declarou. Continuei calada. - Não está com medo de mim, está?
- Eu estava. - respondi baixo, e pela primeira vez desde que saímos daquela rua escura. Juntei minhas próprias mãos. Ele agiu igual a Iago. E foi terrível.
- Você não precisa ter medo de mim, jamais faria algo para magoar você. - disse gentil. Criando coragem, levantei lentamente a cabeça e resolvi encará-lo. Vi seu olho inchado, a boca sangrando. Doeu em mim também. Mas que merda de sentimentalismo é esse? Pare com isso Hanna. Não enche!
- Não devia ter feito aquilo. Está machucado, e era tudo que não desejava. Ele tem influências por aqui, Justin. Não quero que o machuque.
- Não vão machucar. E garanto que ele nunca mais irá encostar em você. Não irei permitir.
- Obrigada. - foi tudo que disse antes de sentar em seu colo e dar-lhe um abraço apertado. Percebi enfim, que me sentia muito mais segura do que imaginava em seus braços.

Notas Finais
Bom, custei pra terminar esse cap. Ufa! haha Demorei mas cheguei, e espero que tenham gostado do cap. Muitos e muitos beijinhos e até o próximo :D
Roupa Hanna(casa dos pais)  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTv-67fGR3ULogeLGksphT2w_7qUvq4hh_a6hPS2ENk_8u0MIxOOI-efT9AG0uGAII2Wpq-snuJ0phZl3NRDa8RKkGba-G2Unp3qZ0qD4ShbZc-k3IbvLaaGddNvlge7JiwPsNd_iuvLju/s1600/aria-long-floral-skirt-military-blazer-pretty-little-liars.jpg
Roupa Justin(casa dos pais)  http://capricho.abril.com.br/blogs/top5/files/2011/10/justin-bieber-5.jpg

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