2 de dez. de 2013

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 2 - Aulas Suspensas

POV ANNA
Passei a geleia na torrada e dei uma longa mordida, enquanto colocava a ração da Amora, minha cachorrinha. Bem, há alguns segundos atrás, tive a maravilhosa notícia de que Caith tinha feito um café da manhã especial em agradecimento, sabe, por acolhermos ela em nossa casa. Ela já tinha se instalado, e morava no quarto da frente. Acho que não preciso dizer que enchi ela de beijos por ter me feito comida, e quando digo que a mesa estava farta, acredite, eu não estava brincando. A comida estava muito boa, não me culpe. E segundo ela, faria o café da manhã sozinha por uma semana inteira apartir de hoje. Era sexta feira, e como sempre, tinha uma festa. Mas ainda era de manhã e nos preparávamos para ir a faculdade. Os outros ficaram meio tensos ao saber que Frad tinha saído da prisão; aquilo não me afetou tanto. Afinal, ele só era um idiota que queria atenção. Porque teria medo de alguém assim? Só incomodava saber que depois de tudo que fez, estava livre, para mim ainda não era o suficiente. Sentei na minha cadeira e dei uma colherada no meu cereal, ou como diria, meu prato de entrada. Amora comia quietinha e educadamente sua comidinha perto de mim. Meus fones de ouvido estavam um pouquinho alto, mas eu adorava quando estava nesse volume. Especialmente quando ouvia David Bowie - Heroes.
- Você cozinha muito bem. - elogiou Mike, comendo uma panqueca. Bati em sua mão assim que ele ia pegar outra panqueca, tirando quatro ou cinco para mim e deixando-as no meu prato, pus bastante calda de chocolate. Ele me olhou feio, mas eu não liguei. O que importa se peguei todas as panquecas restantes? Me aproveito mesmo, e sem vergonha na cara.
- Não tão bem quando a Anna. - admitiu ela, feliz. Eu usava apenas o lado de batatas fritas dos fones, então, pude ouvir o que ela e os demais diziam.
- Obrigada pela sinceridade. - falei como pude, mordendo minha panqueca. Os outros riram, e ao meu lado direito, Justin tentava comer e rir ao mesmo tempo.
- Eu também sei cozinhar muito bem. - falou a loira.
- Ashley, você não sabe nem fritar um ovo. - falou Mike, de testa enrugada, olhando para a loira sem entender. A música estava na parte lenta, e mentalmente ajudei o cantor com a música, cantando alguns trechos da música.
- Quer perder o traseiro? Te derrubo da escadaria da escola se quiser.
- É faculdade, Ashley. - Justin corrigiu rindo, comendo mais um pouco do seu cereal. E quando as panquecas acabaram, peguei meu punhado - bem avantajado - de morangos com cobertos de chocolate derretido. Levei um deles a boca.
- Isso também. - ela resmungou olhando para Justin. Desci do banco, empurrando meu pratinho de cereal - já vazio - para o centro do balcão de mármore. Caith e Mike colocaram os pratos no lava louças - Ashley não lavava os pratos, ia acabar com as unhas perfeitamente lindas dela - e caminharam para fora de casa. Os outros se despediram de seus cachorrinhos e me virei para desligar a Tv; e bem na hora, vi o comercial do meu programa de culinária e fiquei parada ali, sabe, só admirando.
- Vamos anjo, não quer se atrasar, quer? - perguntou Justin, abraçando minha cintura e deixando um beijo em meu pescoço. Arrepiei com o contato.
- Mas é o Culinária Gostosa. - murmurei sem tirar os olhos da tela, mas adorando os carinhos que ele deixava no meu pescoço.
- Você prefere o Culinária Gostosa a mim? - perguntou, apertando o abraço e agora, brincando com minha orelha. Ele perdeu a nerditude dele só porque estamos sozinhos? Safadinho ele, né?
- Isso não é justo, não posso escolher entre os dois. É muita gostosura. - reclamei baixo e ele riu. Amora continuava comendo como se nada estivesse acontecendo ali. Minha garota. Continue assim, coma mesmo, e coma sem vergonha na cara. Ou será no focinho?
" O corpo de uma mulher aparentando ter 22 anos foi encontrado hoje, dentro da Faculdade da Califórnia com sinais de tortura. A identidade da moça por enquanto ainda é desconhecida assim como a autoria do crime. Voltaremos com mais informações. "
- Nachos de Queijo, alguém morreu na nossa faculdade! - comentei perplexa assim que ouvi a notícia do jornal da manhã. Virei, ficando de frente para Justin e ele me deu um beijo carinhoso nos lábios.
- Vai ficar tudo bem, não precisa ficar com medo. - disse ele, segurando meu rosto com as duas mãos para não tirar os olhos dele.
- Não estou com medo, eu só... Vai que esse tal assassino queira matar comidas inocentes? Não, nem pensar! - ele riu negando com a cabeça.
- Não mata dizer que está com medo. - ele e seus trocadilhos.
- Não estou com medo. - menti cabeludamente. - Você quem deveria estar com medo por não ter me chamado para o café da manhã. - tá, essa última frase tinha um tanto de verdade, ele demorou demais e deixar uma pessoa com fome não é uma boa atitude.
- Mas eu fui até seu quarto e fiz você levantar. Até tomamos banho juntos! - protestou ele, tirando as mãos do meu rosto. E foi culpa dele também de termos fornicutado no banho e não ter dado tempo de descer e comer antes dos outros. Ele é uma gostosura, cês acharam mesmo que eu ia resistir um banho gostoso sem tirar um pouquinho do seu "doce"?
- Mas não foi rápido o suficiente, ué! Quando cheguei tava todo mundo comendo. - dei de ombros dando um último abraço na Amora. Ao trancar a porta da frente, ouvi um barulhinho de brigas. É, esse é o ruim de dividir um carro com três doidos; era assim todo dia antes de ir pra faculdade, só pra ver quem ia dirigindo.
- Não, é a minha vez!
- Não é não, loira. Você dirigiu ontem, é a minha vez. - reclamou Mike. Caith só assistia, sentada no capô do carro, rindo daqueles doidões que são meus amigos e irmão. E olha que ele tá fazendo psicologia, imagina só se não estivesse.
- Sua vez uma pinóia! Eu não dirijo há quase uma semana. - disse Damon entrando na briga. Justin uniu nossas mãos enquanto andávamos até o grupo.
- Não seja dramático, você foi ante-ontem. - rebateu meu irmão. Caith riu da careta que ele fez.
- Quem vai dirigir sou eu e ponto final. - se irritou Ashley.
- Nada disso! - reclamaram os dois para a loira. Depois Damon arregalou os olhos - lindos olhos - azuis  e deu um pequeno empurrão em Mike.
- Hey, não grite com a minha namorada. - exclamou Damon. Ashley pareceu boba com o ato de cavalheirismo do namorado. Chegamos mais perto deles.
- Precisamos de um segundo carro. Essa briga todos os dias por causa de uma porcaria de um volante. E depois dizem que eu sou a doida por comida. - reclamei baixo e Justin riu.
- Quando eu ficar rico teremos um carro só para nós dois. - disse no meu ouvido e sorri quando ele deixou um beijo molhado na minha bochecha.
- Vai ter comida no carro? - perguntei e ele riu baixo, abraçando minha cintura.
- Toda a comida que quiser.
- Então por mim tudo certo. - ele riu quando concordei e nós finalmente chegamos perto dos quatro, parados perto do carro, ainda discutindo sobre quem iria pegar no volante hoje.
- É a minha vez.
- Sua vez é um esmalte ressecado, Mike. Sou eu quem vou dirigir. - falava Ashley.
- Desculpe querida, mas é a minha vez de dirigir. - interviu Damon, sendo doce com ela.
- Podem me dizer o que está acontecendo aqui? - perguntou Justin por mim, mesmo já sabendo a resposta.
- Você pode, por favor, dizer para esses dois mongols que sou eu quem vai dirigir hoje? - disse Mike irritado.
- Eu vou acertar a sua cara se continuar chamando a minha namorada de mongol. - ameaçou Damon.
- Já chega vocês três. Mas que coisa! Teremos de ter carros individuais, é isso? - perguntei.
- É, boa ideia. - falou a loira.
- Nada disso. Vamos resolver logo essa briguinha ridícula, temos um dia cheio hoje. - falou Justin.
- Tá, mas quem vai dirigir? - foi a vez de Damon perguntar.
- O Justin. Faz cinco dias que ele não dirige. - dei de ombros.
- Mas ele fez isso ontem! - reclamou Damon; revirei os olhos.
- Deixe de ser mentiroso, Damon, você quem dirigiu ontem...
- É mentira...
- CHEGA! - berrei e eles se calaram assustados. - A Caitlin dirige, pronto.
- Eu?! - questionou assustada. Os outros olharam para ela e depois para mim.
- Não comecem, ela foi a única que não dirigiu até agora e já fazem quatro dias que ela está morando com a gente.
- É,... Tudo bem, a Caitlin dirige. - concordou Mike ajudando-a a descer do capô do carro. Okay Anna, você não pode chutar o traseiro da Caith ela é sua amiga. Respire fundo e pense nos nachos com queijo e o pudim que vai comer na hora do almoço.
- Vamos fazer assim; Caith pega o volante e Mike vai no banco do carona. Justin, Ashley, Damon e eu iremos atrás. - propus. - Todos concordam?
- Tá, concordamos. - resmungaram Ashley e Damon entrando no carro. Sentei ao lado dela no meio, Damon ia sentado perto da janela do lado esquerdo e Justin no direito. O trajeto até lá foi mais rápido do que o comum, e precisava admitir que minha amiga morena era melhor em direção do que a loira; sim, Ashley já matou dois esquilos fofinhos enquanto estava no comando do carro. Os dois da frente foram os primeiros a descer; logo Damon e minha loira fizeram o mesmo, e em seguida eu e Justin descemos fechando a porta atrás de nós. Tudo que pude ver era uma tremenda confusão. O campus estava absurdamente lotado: muitos repórteres, policiais, alunos curiosos; era uma loucura total. Justin apertou minha mão enquanto tentávamos entender o que estava acontecendo; bem, eu sabia exatamente o porque de tudo isso, mas tinha certeza de que era uma surpresa para os outros afinal, eles não assistiram o pequeno aviso na televisão.
- O que houve por aqui? - ouvi Caitlin perguntar baixinho, talvez mais para si mesma do que para nós. Observando com firmeza uma roda de pessoas gigantesca perto da entrada da faculdade, comecei a andar instintivamente, arrastando Justin sem querer junto comigo. Parecia que alguma coisa me chamava para mais perto daquela roda de curiosos. Justin, por vezes, apertava um pouco a minha mão tentando me fazer voltar. Não me importei com aquilo e continuei andando até o limite de uma fita amarela onde se tinha escrito "não ultrapasse".
- O que acha que aconteceu com ela? - ouvi alguns garotos falarem ao meu lado esquerdo. Odiava o fato de policiais e investigadores bloquearem minha visão do corpo da provável vítima, mas não deixei de ouvir a conversa, mesmo que sem querer.
- Não faço a mínima ideia. - murmurou o outro. - Mas pra falar a verdade, ouvi um dos investigadores dizerem que ela foi jogada pela janela do seu quarto.
- Caramba,... De ser horrível morrer assim.
- Mas aí é que está. - o loirinho fez um pequeno suspense, deixando o amigo ruivo ao lado curioso; e a mim também é claro. - Ela já estava morta quando a jogaram pela janela. - enquanto eles trocavam ideias, olhei para cima na direção dos quartos e confirmei mentalmente o que os dois rapazes disseram. Mas eu queria ver quem era. Queria ver a garota.
- Não é bom você ver isso anjo, ela deve estar horrível. - senti a mão de Justin segurar firmemente meu braço, fazendo um pequeno carinho com o polegar. Por um momento, esqueci completamente que ele estava do meu lado. Porém, não movi um único músculo para sair dali. - Estou falando sério, não vai ser bom pra você ver isso. - continuou ele, falando baixinho no meu ouvido, sem tirar os olhos de onde o corpo estaria, assim como eu fazia agora. Tinha um policial gorducho na minha frente, e se pudesse, jogaria uma pedrinha nele para entender que estava atrapalhando a minha visão.  Apertei um pouco os olhos, vendo algo escrito em sangue na parede, próximo ao corpo: "Você precisa pagar!" Uma onda de calafrios tomou conta de mim assim que terminei de ler e nesse exato momento, o gordinho saiu da minha frente. Sem acreditar no que via, percebi que a garota era Angelina Torres, estava no segundo ou terceiro - não sei bem ao certo - período de Advocacia e eu a odiava. Era o tipo de garota de nariz em pé, humilhava os outros por ter dinheiro, uma tremenda egoísta; briguei por várias vezes com ela e em uma dessas quase saímos aos tapas se não fosse pelo Justin chegar na hora e me impedir de continuar com aquela briga. E isso tudo, tirando o fato dela adorar uma erva; sim ela usava drogas e todos sabiam disso, mas eu só não sabia que ela tinha dívidas com traficantes até ontem, quando ouvi sua conversa com um cara bonitão, porém de olhar frio e assustador. E agora ela estava assim: caída no chão, machucados por onde quer que a olhasse, olhos azuis abertos e vidrados; tinha a horrível sensação de que ela me encarava mesmo estando morta, e não pude evitar um arrepio. Olhei mais uma vez para a mensagem na parede e outra vez para ela.
- Vamos sair daqui, já chega. - a voz de Justin me trouxe de volta para a realidade e me puxou para fora da roda de curiosos, enquanto cobriam o corpo de Angelina com um lençol branco. Ele me abraçava de lado de forma protetora, mas nada me faria tirar aquela imagem da cabeça. Angelina indefesa e torturada, Angelina morta. Não parecia em nada com a garota que matava mentalmente todos os dias, a garota que odiava e que também me odiava.
- Foi você, não foi? Foi sim é claro, você a odiava! Desgraçada! - gritou Emília Stwart, melhor amiga de Angelina: outra idiota e egoísta, quase tão pior quanto a amiga.
- Está maluca? Ela não teve nada com isso, deixe-a em paz. - Justin respondeu por mim enquanto caminhávamos de volta ao carro.
- Cale sua boca, não falei com você sua barata asquerosa! - respondeu aos gritos, com lágrimas molhando severamente seu rosto. Ainda sim não sentia pena dela. - Assassina! - gritou para mim, e um garoto a puxou antes que chegasse perto demais a ponto de iniciar uma briga. - Foi ela, só pode ser! - alguns policiais olharam-na com pena, mas tudo que conseguia fazer era manter meus olhos fixos na criatura que gritava enlouquecidamente para mim. Justin continuou ao meu lado, mantendo o abraço mais caloroso e protetor.
- Acho que você esqueceu que ela era usava drogas, e que metade dessa faculdade, se não ela inteira, odiava Angelina profundamente. - começou Caitlin ao perceber o que acontecia. Alguns se viraram para observar aquele pequeno escândalo.
- Então cale-se antes que acusar alguém sem provas. Ela não era uma santa e você sabe muito bem disso, até muito mais do que todos aqui presentes. Pense bem antes de gritar absurdos como esse novamente, você entendeu? - completou Ashley ao lado de Caitlin, e Emília calou-se.
- Sugiro que tome um bom chá para acalmar os ânimos e aconselho também a repensar no que acabou de dizer e fazer. Essa cena que armou foi absurdamente ridícula. - terminou Justin olhando-a de cima para baixo; depois disso tornamos a caminhar até o carro onde Mike e Damon esperavam à espera de respostas.
- Eu ouvi aquilo mesmo, ou foi ilusão da minha cabeça? - perguntou Mike descruzando os braços e olhando para nós.
- Aquela garota é doida, acusou Anna de algo que não fez. - respondeu Justin.
- Ela é uma ridícula. - concordou Caith
- Mas porque ela te culparia, o que houve? - questionou Damon sem entender.
- Angelina Torres está morta. - falei pela primeira vez depois de minutos.
- A garota que vivia implicando com você e o Justin? - afirmei vendo ele fazer uma careta de surpresa, mas é claro que tinha um pouquinho de alegria ali: quando se dizia que quase toda a faculdade não gostava dela, é porque tenho razão. - Então foi por isso que a Emília armou esse barraco todo?
- Exatamente Damonlindo, aquela tonta que usa tanto baseado que não sabe nem que está no mundo, veio tentar acusar a minha abelha. É um absurdo! - respondeu Ashley, abraçando-o e ele fez o mesmo com ela. - Ela é minha abelha e só eu posso acusá-la de algo.
- O que vocês acham que aconteceu? - perguntou Caitlin, e aproveitei que eles discutiam formas de como Angelina teria sido morta, para abraçar meu nerd e apoiar a cabeça no seu ombro; ele abraçou minha cintura e deixou um beijinho em meus cabelos.
- Eu avisei que não era para ter presenciado aquela cena terrível. - disse Justin, mas ele não estava brigando comigo; sua voz era baixa e calma. - Se ficar com medo posso dormir com você esta noite. - o encarei ao ouvir sua sugestão.
- Não estou com medo. - falei o vendo rir fraco e beijar a pontinha do meu nariz.
- Quando vai entender que pode confiar em mim?
- Mas eu confio em você. - respondi simples. - Mas como disse, eu não estou com medo, só fiquei um pouco impressionada. - a sua mão que estava em minha cintura fez carinho naquela região e sorri leve com o contato. - Nunca imaginei que ela acabaria daquele jeito, sabe, parecia tão indefesa...
- Completamente diferente do monstro que era quando viva, eu sei. - disse ele. - Eu só não quero que fique com medo pelo que aconteceu, ok?
- Porque eu teria medo? Talvez seja só um traficante quitando sua dívida, não é? Ela usava drogas Justin, e não era só maconha.
- Ela era rica.
- E se os pais dela perceberam algo errado e deixaram de dar a mesada? Aí, talvez, ela fez muitas dívidas e ficou sem dinheiro para pagá-las. - propus e depois respirei fundo. - Quer saber? Não me interessa o que aconteceu, só estou feliz por aquela víbora ter nos deixado em paz. Ela era a pior pessoa em que se sonha conhecer. - Justin sorriu, me puxando ainda mais para perto; nos abraçamos novamente.
- Hey, vocês dois! - senti uma bolinha de papel bater na minha cabeça e quando virei, vi Ashley rir.
- A diretora acabou de dizer que as aulas foram suspensas por hoje, mas com todo esse furnico vocês provavelmente não escutaram. - disse a loira entre risinhos. Desci meus olhos até sua cintura, onde vi as mãos de Damon abraçarem-na. Okay Anna, ainda estamos em público, você não pode chutar o traseiro dele agora. Se controle e conte até dez rosquinhas. Uma rosquinha...
- O que acham de fazermos uma coisa legal? - perguntou Damon sorrindo para o grupo. Duas rosquinhas, três rosquinhas...
- Que tal um salão de beleza? - perguntou a loira animada, Caith concordou com a cabeça. Quatro rosquinhas, cinco rosquinhas...
- Que tal uma biblioteca? Tem livros legais por lá. - sugeriu Justin atrás de mim, todos olharam estranho para ele. Qual é pessoal, ele é nerd, o que mais ele poderia sugerir? Ah já contei que ele, meu nerd, agora é fã de Harry Potter? Ele tem até poster no quarto; bem, graças a mim é claro. Damon beijou a bochecha da loira. Seis rosquinhas, sete rosquinhas...
- Bem melhor irmos a uma sorveteria e encher a barriga. - falou Caith. - Hi, rimou. - ela riu se apoiando no carro e Mike riu da risada dela. Ashley riu da gargalhada do meu irmão e Damon aproveitou para dar uma rápida "cheiradinha" no pescoço dela. Oito rosquinhas, nove rosquinhas...
- É, vamos pra uma sorveteria, é bom comer. - concordei com a doida que ainda não parava de rir.
- Tudo bem, vamos pra sorveteria. - Damon concordou alegre. Pera, ele passou a mão perto do traseiro dela?! Dez rosquinhas, onze rosquinhas, Doze rosquinhas... - Eu dirijo!
- Uma pinóia! - reclamou Mike. Ele passou os olhos por todo o grupo e os parou justamente em mim, em seguida, riu nervoso largando a loira devagar e sem jeito. Adoro o jeito como intimido as pessoas sem precisar fazer esforço. Mas eu ainda quero chutar o traseiro dele, quero muito mesmo.
- A Caith é quem vai dirigir. - falei um pouco mais alto.
- Mas ela já dirigiu, abelha. Não é justo! - reclamou a loira, cruzando os braços.
- Tudo bem, tenho uma solução muito eficaz e adulta. - Mike fez pose. Olhou para todos nós, fazendo o seu tão conhecido - e chato - suspense. - Pedra, papel e tesoura.
[...]
- Pare de tentar roubar o meu sorvete, Caith! - reclamei enquanto ela ria. Ainda ria.
- Ainda acho que deveríamos ter ido á biblioteca. - disse Justin, nerdeando. - Tem mais coisa pra se aprender do que se imagina. Ainda me sinto um completo burro em várias áreas da...
- Qual é, Justin! Não acha que estudar demais vai te deixar doidão? Lelé da cuca? - perguntou Damon.
- Porque doidão? - questionou meu nerd confuso: aquela carinha de quem não entendia nada era perfeitamente fofa.
- Ele é responsável e maduro, é diferente. - defendeu Mike.
- Maduro? Olha quem fala! O rei do pedra, papel e tesoura. - ironizou Damon. Caitlin riu mais ainda. - Verdade Mike, você é com certeza, o mais maduro entre nós. - pus a mão na boca enquanto ria, ou acha mesmo que vou cuspir o sorvete da minha boca? Mas nem morta! Isso é desperdício, e ainda mais quando é meu sabor preferido, napolitano com pedaços grandões de chocolate, caldas de quase todos os sabores, M&M e pedacinhos de biscoito. Minha taça de sorvete era a maior e a mais cheia da mesa: ou até mesmo da sorveteria. Sabe, o carinha do balcão ficou com os olhos arregalados quando me viu por toda aquela quantidade de coisas gostosas na minha taça. Veja o que é a inveja, você não pode ser feliz com sua comida, sempre tem alguém de olho dela. Affs. Justin ao meu lado arrumou o óculo com o dedo indicador. Com a outra mão, fez um carinho em minha perna, fiz o mesmo com ele com a mão que estava livre. Ainda bem que somos os únicos nesse lado da mesa, assim ninguém vai ver essa nossa safadeza.
- Vou chutar a sua cara. - ameaçou Mike.
- Tenho pena dos seus pacientes. Você devia ser Psiquiatra isso sim. - continuou Damon, Caitlin continuou rindo e Ashley a acompanhou nas risadas.
- Ele pode ser um bom profissional se quiser, não é porque ele é doido que não possa conseguir ser um bom Psicólogo. - disse Justin inocente. Dei uma gargalhada alta junto as meninas e Damon.
- Cara, você é demais! - dizia Damon entre muitas risadas. Justin ainda não conseguiu entender e nos olhava a procura de resposta.
- Você quer me ajudar ou acabar comigo? Eu não sou doido! - reclamou Mike. Justin pareceu finalmente entender e riu junto com o resto da mesa. Continuei meus carinhos na perna de Justin, enquanto ele se curvava levemente pra frente para tomar um pouco mais do seu sorvete de chocolate.
- Você é doido sim. Foi o único garoto até hoje que usou roupa de abelha no dia das bruxas. - falei sapeca - já que ele não queria que ninguém soubesse - e como eu já esperava, meu irmão parecia um pimentão de tão vermelho que estava; não sei se era de raiva ou de vergonha, mas ainda acho que pode ser os dois juntos. Caitlin ria tanto, que até caiu da cadeira: mesmo no chão a doida continuou rindo e Mike tentou ajudá-la a levantar, ainda irritadinho. Aproveitei que estavam todos distraídos e dei uma apertada gostosa do membro do meu namorado. Ele arregalou os olhos, e eu ri da cara de indignado que fez quando tirei minha mão dali. Então você gostou né, safadinho?
- Eu ainda quero saber o que houve com aquela desgliterizada da Angelina. - disse Ashley de repente. Dei outra colherada, ainda lembrando da carinha de Justin quando parei de acariciá-lo por cima da calça.
- Pensei que não gostasse dela, querida.
- Eu não gostava e ainda não gosto, só estou curiosa mesmo. - a loira deu de ombros. - Será que toda pessoa que é desgliterizada como ela, vai morrer assim? - perguntou a loira e ri de sua inocência.
- Não querida, só as que merecem. - respondi sorrindo. Mike me olhou estranho e não entendi porque fez isso. - O que foi? Eu não gosto que me olhe assim.
- Você está feliz por ela ter morrido? - perguntou ele.
- Não diria feliz, mas ela era cruel. E você sabe muito bem, Angelina não era um anjo, ela já fez coisas muito ruins. Você estava lá quando ela tentou jogou um garoto escada a baixo, porque ele recusou sair com ela; você estava lá quando ela tentou falar mal de mim para todo o campus, estava lá quando ela tentou incendiar minha mochila com a Amora dentro dela. E não foi a primeira vez que ela tentou machucar a Amora ou algum de nós. - argumentei levando uma colherada de sorvete a boca. - E para ser sincera, sim, estou feliz que ela está morta; poderemos seguir nossas vidas de forma tranquila sem ter medo do que ela possa fazer em seguida.
- Nisso ela tem razão. - concordou Ash e Caitlin também afirmou com a cabeça. - Ela era má, assustava as pessoas.
- É verdade, se ela sozinha já era assustadora, imagine-a com Emília. Eu vi quando ela matou um gato afogado perto do lago; foi terrível. - comentou Caitlin.
- E porque você não tentou denunciar aquela garota? - perguntou Justin.
- Pelo mesmo motivo que ninguém fez nada para impedi-la. Ela era rica, tinha um nome influente e...
- Então porque ninguém sabia que era ela quem tinha sido assassinada? - perguntou Damon a Mike, interrompendo-o no meio de sua explicação.
- Você sabe que ninguém gostava daquela garota. Acha mesmo que alguém perderia seu tempo dizendo quem ela era e como se comportava na faculdade? Os únicos que podem ter dado alguma informação os policiais podem ser  Luke, Emília e Rick. - respondeu meu irmão. É, até que fazia sentido. Peguei minha taça e me arrumei melhor na cadeira, apoiando minha cabeça no ombro de Justin. Logo ele tinha um dos braços em volta do meu corpo, e fazia um carinho na minha pele com a mão livre.
- Acho melhor mudarmos de assunto ou vocês querem que eu vomite aqui mesmo? Não é legal desperdiçar coisas, principalmente quando o assunto é comida. - falei um pouquinho alto e eles riram.
- Certo, porque não falamos sobre livros? Encontrei um bem legal, são curiosidades sobre o universo. - falou Justin alegre. Ri comendo mais um pouquinho; ele era tão fofo quando nerdeava.
- Ah não, por favor não! - reclamou Damon.
- Bem, eu li que a via láctea... - Justin começou com seu discurso.
- Alguém atire em mim, por favor! - Justin fez uma carinha brava quando Dam voltou a reclamar com os braços erguidos. Depois ele continuou com a sua nerditude muito mordível. Ah, por falar em mordível, acho que vou pegar mais comida.

NOTAS FINAIS
Oie gente! Voltei, depois de um tempão mais voltei. Hehehe, ainda acho que peguei um pouco pesado nesse cap, já metei alguém e a fic nem começou direito, hihi. Quase que o Jubs não nerdeava nesse cap, né? No próximo ele vai aparecer mais, prometo. Quem ai viu ATM? Quase tive um ataque cardíaco, o Jubs com essa safadeza toda. Aí eu penso, se ele fizer o clipe de PYD o youtube não vai permitir que menores de 18 assistam haha. Ah, mudei a capa da fic, depois deem uma olhadinha e me digam o que acharam, ok? Espero que vocês tenham gostado do cap, fiz com muito carinho para vocês minhas doritas lindonas e salgadonas como um nacho hihi. Beeeeijocas pra vocês :D
Roupa da Caith: http://data2.whicdn.com/images/85824583/large.jpg
Roupa da Ash: http://data3.whicdn.com/images/85787217/large.jpg
Roupa da Anna: http://data1.whicdn.com/images/87560570/large.jpg

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