1 de fev. de 2015

My Dear Nerd - Hear by Heart - Capítulo 16 - Um Dia Quase Normal

POV ANNA
  Guardei meu material na mochila, me preparando para ir embora da sala. Como era a última aula do dia, fiz tudo mais devagar. Enquanto isso, posso contar o que houve durante esse tempo.
  Fiquei surpresa quando recebi a visita do meu avô. Naquela mesma noite, ele contou para meu irmão e eu que decidiu fazer uma surpresinha e por isso não contou a ninguém que vinha. Ele disse que, primeiro, foi com minha tia visitar Clarice, minha prima presa. Ele disse que Clarice ficou feliz quando soube que ganharia um irmãozinho, e o pai dela, o qual sempre esqueço de mencionar, estava com eles também. Mas nenhum deles gostava da nova realidade de Clarice. Mas esse é um assunto que abordaremos em breve. Enfim, meu avô passou aqui para nos surpreender e ficaria aqui por um longo tempo. Acho que para se despedir da forma correta, seja ela qual for.
  Não tive tempo de falar sobre "o assunto" com ele, e nem queria. Na hora de dormir, naquela noite do Cine Pipoca, fui para o quarto de Justin com Amora e conversamos por horas. Tomamos um banho agradável de banheira juntos e fomos dormir. Não houve nada além de risadas e beijinhos durante o banho, e enquanto isso, Amora e Collin brincavam com o mordedor em forma de carneiro deles. Uma vez, minha cadelinha estava deitadinha perto da parede da sala, com a cabecinha apoiada nas patinhas; foi na época que ela estava doente, e todos os outros cãezinhos se deitaram ao lado dela, e era como se dissessem "Tudo bem, estamos aqui por você". Muito fofo!
   Tem sido dias tranquilos desde que meu avô chegou; como se ele trouxesse alegria onde quer que fosse. A loira continuava no seu "normal" e os demais, bem, doidos como sempre. Justin parecia ainda mais nerd e ainda mais bonito. Poderia classifica-lo como quase popular. E eu agradecia por ele não descer a noite para a cozinha pra comer meu Doritos furtivamente. Ele me avisava quando queria comer, e eu comia junto com ele, claro.
- Anna! - ouvi gritarem por mim no corredor. Sempre perco a noção do tempo quando estou conversando com vocês. Virei para trás, vendo Justin e Damon andarem em minha direção. Percebi apenas agora que já estava no corredor, com minha sala de aula muitas portas atrás de mim.
- Porque demorou tanto? - Justin perguntou, quando parou a minha frente.
- Provavelmente estava comendo escondido. - sugeriu Damon. Até que ele estava certo; em partes.
- Não sei porque vou perguntar isso, mas vou fazê-lo mesmo assim: Você viu Ashley por aí? - quis saber, pondo as mãos nos bolsos.
- Não, mas provavelmente está no banheiro retocando a maquiagem e arrumando o cabelo mais do que já está arrumado. - respondi simples. 
- E porque Caitlin não está com você? - questionou Justin, confuso.
- Não tenho essa aula com ela.
- Ah, bom. Certo. - disse ele. - Agora só falta encontrarmos os outros. - continuou ele. No segundo seguinte os demais andavam até nós. Até Sara estava entre eles; Sara e John.
- O que vocês estão fazendo aqui? Esperamos um tempão por vocês lá fora. - disse Sara.
- Procurávamos por vocês. - respondeu Damon.
- O que tem lá fora de tão importante que largamos mais cedo hoje? - perguntei.
- Vão fazer algo pra homenagear Angelina e Raquel. Estão formando fileiras lá fora pra que todo mundo entre organizadamente no auditório principal. - informou John.
- O auditório está lindo! Bem, foi o que disseram. - Cait deu de ombros. - Quer dizer, eu até gostava da Raquel, mas não me importo nenhum pouco com Angelina, aquela cascavel. 
- Ela me disse uma vez, Angelina, que ela tinha dois quartos reservados apenas pra guardar as roupas dela. - comentou a loira. - Isso não é verdade, não é? - perguntou ela, fazendo aquela carinha de "Poxa, ela não merecia as roupas que tinha!".
- Claro que não, ela só disse isso pra tentar fazer mal a você. - tranquilizou Cait, mesmo que todos soubéssemos que podia ser verdade; afinal, Angelina tinha pais milionários.
- Que bom! - a loira sorriu, aparentemente acreditando em Caitlin.
- Acho melhor irmos logo, antes que venham nos chamar pessoalmente. Não sei vocês, mas não vou muito com a cara da diretora desse lugar. - Sara disse, e como ela estava com razão, seguimos seu conselho. 
  Durante o caminho, alguns grupinhos de conversa foram formados. Caitlin, Ashley, Sara e eu andávamos um pouco mais a frente, conversando sobre coisas de garotas; riamos bastante, uma se apoiando na outra, fracas de tanto rir. Justin, Damon, Mike e John vinham logo atrás. Eles também gargalhavam, apesar de eu não fazer ideia do que falavam. Provavelmente, coisas de garotos. Mas quando todos sentamos em nossos respectivos lugares no auditório, as risadas e brincadeiras cessaram por motivo de respeito. Como tinham muitas pessoas entrando, meus amigos e eu sentamos na mesma fileira, porém, completamente misturados. A ordem era: Damon, Mike, Ashley, Sara, eu, John, Caitlin e Justin.
- Você está vendo Emília e aqueles outros garotos retardados? - perguntou Sara em meu ouvido.
- Estão lá na frente. - apontei discretamente.
- Você sabe que ela ainda anda espalhando pela faculdade que a culpa pela morte de Angelina é sua? - questionou, olhando pra mim.
- Como assim ela anda dizendo que a culpa é minha? Você acredita nela, Sara? - perguntei sem entender. Na verdade, eu nem tinha ideia que esses boatos existiam. 
- Claro que não. Você é o tipo de pessoa que só bateria numa mosca se ela pousasse na sua comida. - afirmou. - Só algumas pessoas acreditam nela, e alguns só estão com a pulga atrás da orelha. Mas são poucos, não se preocupe.
- Não sabia disso.
- Pensei que soubesse. Ela fala isso desde que Angelina morreu. Ela até te acusou em público, lembra? Todo mundo viu.
- Lembro que ela me acusou em público, mas eu sou inocente.
- Eu sei que é. - ela sorriu.
- Seria muito cruel dizer que pode ter sido bom ela ter morrido? - sugeriu John. Sara balançou a cabeça, rindo muito baixinho.
- Não se preocupe: todo mundo pensa assim. - a voz dela foi a última coisa que ouvi antes do silêncio completo e em seguida, a voz da diretora da faculdade iniciar seu discurso. 
 - É uma festa de praia, o que você está vestindo está ótimo. - disse Kate, tentando ser paciente. - Você precisa parar de ser insegura, Anna, caso contrário, ele não vai mais gostar de você.
- É garota, você vai se dar bem hoje. Ele é um gato! - concordou Britney o que me fez ficar um pouco envergonhada. 
- Vocês acham mesmo que estou bonita? - perguntei, dando uma olhada no que vestia.
- Você está muito bonita, é uma pena que não tenha nenhum tom de rosa na sua roupa. - falou Ashley, ao meu lado. Sorri para ela agradecida.
- Você ficaria sexy se usasse o vestido que mostrei...
- Estava me sentindo nua com aquele vestido, Kate. Era muito desconfortável. - falei.
- Você quem sabe. Depois, não reclame se ele perder o interesse. Vamos. - interrompeu Kate, e andamos mais rápido em direção a praia. Tinha uma festa lá, e mais pessoas do que pensei que teria. Uma mistura do pessoal mais velho com os da minha idade. Ashley e eu ficamos nervosas quando percebemos que nossa direção era o círculo do pessoal mais velho, e precisei andar de braços dados com Ashley para não perder o controle das próprias pernas quando percebi que Damon estava naquela roda. Kate e Britney pareciam muito confortáveis e sorridentes. 
- Como vão perdedores? - saudou Kate, sorrindo quando chegamos perto deles. 
- Perdedores o meu pau! - disse um garoto, risonho, dando um abraço nas duas. Me assustei com o palavrão e Ashley não parecia tão diferente. Tentei não parecer tão criança, fingir que já estava muito acostumada à palavrões, mas não era algo tão fácil de fazer, sabendo que eles eram bem mais velhos do que nós. 
- Você está gostoso, Dave, o que andou fazendo?- perguntou Britney, cruzando os braços.
- É a pura genética, linda. - sorriu convencido. De repente, pareceu notar eu e a loira ao lado das outras duas. - E quem são essas gracinhas? - perguntou, olhando curioso para nós.
- São nossas amigas. A loira é Ashley e a morena Anna Mel. - apresentou Britney. Na maioria das vezes nem parecia que elas tinham só quatorze anos. 
- Muito prazer garotas. - ele beijou a mão de cada uma, mas sempre mantendo o contato visual. - Querem uma bebida? Temos outras coisas além de bebida, se quiserem.
- Para com isso, Dave, está assustando as garotas. - falou um rapaz, ficando ao lado de Dave. E esse garoto era Damon. Fiquei tensa. - Olá meninas. - sorriu gentil e sorrimos de volta para ele.
- Só estou sendo receptivo, ou um bom anfitrião. Como quiser chamar. - justificou-se.
- Você é um idiota, cara. Sabe disso não é? - o outro riu e Damon riu junto com ele.
- As garotas se amarram nos idiotas, cara.
- Só as igualmente idiotas. - comentou Kate, a sobrancelha erguida. Dave riu, mas não gostei daquilo; parecia ter uma segunda intensão, sei lá. 
- Vocês esqueceram de dar o convite pro nerd ali? - perguntou Dave, risonho, apontando para um garoto sentado na areia, um pouco longe. Ele usava óculos, estava com um livro nas mãos e não parava de olhar pra cá.
- O Justin? - perguntou Ashley, inocente, mas eu sabia exatamente a intensão do comentário daquele garoto. E não gostei daquilo. 
- É. Kate, você não me disse que ele perseguia uma das suas amigas, não é? Qual delas você falava?
- Anna.
- Essa morena?
- Exato.
- Você disse que ele me perseguia? - perguntei sem acreditar, virando para Kate. Ela deu de ombros.
- Mas não é o que ele faz? Esse virgenzinho parece despir você com os olhos. As vezes dá até pena dessa criatura. - ela riu acompanhada por Dave e Britney.
- Para com isso, ele me olha, mas não é desse jeito.
- E que 'jeito' seria esse Anna?
- O jeito que uma pessoa normal olha para outra, ou... não vou ficar falando isso pra você. Mas é melhor parar com isso agora mesmo.
- Pelo jeito você vai ser defensora dos pobres e indefesos quando ficar mais velha. - Dave gargalhou alto. - Ele voltou pro livrinho dele. Quanto tempo será que isso vai durar? Se eu fosse você, menina do cabelo preto, teria muito cuidado com ele. Vai que...
- Já chega Dave. Deixe ela em paz.
- Mas estou falando do nerd. - disse Dave.
- Deixe ele em paz também. Vá usar suas ervas ou qualquer outra coisa. -  advertiu Damon. - E não encoste no garoto; ele não está fazendo nada com você. E nem com vocês. - dessa vez ele apontou para Kate e Britney.
- Nos rendemos. - riram as duas.
- Venham comigo. - Damon chamou-nos. Kate piscou pra mim, mas mesmo assim puxei a loira comigo, afinal de contas, ele falou com ela também. Britney e Kate ficaram com Dave, mas ainda tive o desprazer de ver ele estender o que seria um cigarro de maconha pra elas; não quis ver se elas aceitaram ou não. - Desculpem por isso, vocês tiveram o azar de conhecer o cara errado. Dave não é uma boa pessoa, mas tem pessoas legais por ali. Não julguem todos errado por causa dele. - ele caminhava para longe daquela roda, e percebi que andávamos lentamente pela orla da praia, a areia nos meus pés, o vento frio e o cheiro do mar. Ainda tinham alguns grupinhos por aqui e por ali na areia. 
- Você bebe e usa drogas? Você só tem quatorze anos, Damon. Não é legal fazer isso. - disse a loira ao meu lado. Ele riu, mas foi uma risada gentil.
- Tem razão. Mas não faço nada daquilo.
- Mas então porque fica com eles? - dessa vez eu que perguntei. Ele olhou pra mim e quase me perdi naqueles lindos olhos azuis. 
- São meus amigos. Pode não parecer mas eles são legais. E como já falei, não juguem os outros baseadas no Dave. 
- Minhas unhas estão horríveis. - a loirinha disse baixinho.
- Tem uma garota aqui que sabe fazer unhas como ninguém. Ela está sentada ali, é a morena. - apontou para uma garota sentada na areia, parecia ter do lado uma maleta, muito parecia com a de Ashley, onde ela costumava guardar seus esmaltes. - O nome dela é Tori. É só você dizer qual a sua situação que ela vai te ajudar no mesmo instante. - ele disse. Ela, animada, deu um beijo na bochecha dele e saiu correndo na direção da garota, e balançava os braços, tentando fazer sinal para a menina. Eu ria daquilo se não tivesse ficado tão nervosa por estar sozinha com Damon. Sozinha pela primeira vez. 
- Ela vai se dar muito bem com Tori, parece gostar muito de unhas. - ele riu. E que risada linda! Nossa! - Você pode me tirar uma dúvida? - perguntou ele. Continuamos nossa caminhada lenta pela areia, lado a lado. 
- Claro. - sorri pra ele.
- Porque você é amiga de Kate? - essa pergunta me pegou de surpresa. - Você parece legal, e pra ser sincero ela não é o tipo de garota "legal". Você gosta dela e de Britney?
- Não sei, acho que sim. Elas são legais as vezes.
- Isso pode ser estranho de se dizer, mas eu observava você na escola. Te acho a garota mais bonita da escola. - fiquei sem graça com aquela revelação, mas feliz ao mesmo tempo. - Sei que deve estar pensando que sou atirado, o que só estou mentindo pra ficar com você, mas a verdade é que é a primeira vez que acho uma garota verdadeiramente atraente. Desculpe, mas é a primeira vez que flerto com uma garota. - ele parecia meio encabulado, e apesar de achar aquilo fofo não sabia se podia acreditar ou não. Mas qual é, ele só tinha quatorze anos, eu não podia deixar influenciar por Kate, e se eu cometesse um erro com ele, ainda teria uma vida inteira pela frente para nunca mais repeti-lo.
- Duvido muito. - falei em tom de brincadeira.
- Juro! - cruzou os dedos na minha frente o que me fez rir. - Só tenho quatorze anos, você acha que minha mãe me deixava namorar antes disso? - rimos. 
- Tudo bem, acredito em você. - ri. - E pra não ser o único a flertar, vou dizer que você não é de se jogar fora. - ele sorriu.
- Espero que não ache que sou apressado demais, mas você aceita sair comigo amanhã a noite? Eu passo no seu quarto as 19:00pm, mas se não quiser tudo bem, não estou querendo pressionar você. - ri de sua última frase, e a possibilidade me encheu de ideias. Um encontro? Ual!
- Vou pensar no seu caso. - ele riu, meio nervoso, meio feliz, meio em expectativa. Que fofo.
- Podem vir, pessoal. Temos microfones dos dois lados. Vocês podem falar o que Angelina Torres representou na vida de vocês, uma historinha engraçada, qualquer coisa! - a voz da diretora foi a primeira que ouvi quando voltei ao presente. Pelo visto, era a vez da homenagem a Angelina. Acho que além dos poucos amigos, ninguém mais quis falar nada dela.
- Você acha que alguém vai subir lá? - ouvi John perguntar a Cait.
- Dúvido!
- Tudo bem, vocês estão tímidos. - falou a diretora, a sra. Dumpper. Precisei segurar a risada com aquela declaração. Era óbvio que ninguém ia falar bem de Angelina Torres. - Vamos fazer um minuto de silêncio, em respeito a ela. - e esse minuto silencioso veio e se foi mais rápido do que percebi, mas ninguém parecia se importar muito com aquilo. - Isso foi lindo. Formidável! - sorriu. - Agora, levantem-se lentamente e saiam devagar. Tenham um bom dia, todos vocês. - disse ela.
 A certeza que eu tinha, era que os alunos só estavam sendo respeitosos por Raquel. Tirando o fato que ela flertou com Justin, ela era uma pessoa legal. Muita gente gostava dela e talvez seja por isso que o auditório estivesse cheio hoje. Foi por isso que todos saíram em silêncio do lugar, fileira por fileira, como se não tivessem mais nada pra fazer pelo resto do dia. O clima só voltou ao normal quando chegamos ao estacionamento.
- O que vocês vão fazer agora, galera? - disse John, assim que nos aproximamos do carro.
- Bom, nós vamos pra casa. - respondeu Damon, apontando para si e depois para Ashley. E Caitlin e Mike concordaram com os dois.
- Nós vamos visitar a livraria nova, você vem com a gente? Vai ser divertido. - convidou Justin, apontando para mim e Sara, mas seu amigo negou com a cabeça.
- Não, livrarias não são o tipo de passeio que me "inspiram". E além do mais, acabei de lembrar que tenho umas coisas pra resolver. Vejo vocês amanhã. - ele se despediu com um aceno.
[...]
- Anna vem cá, você precisa ver isso! - Sara pegou meu braço e me puxou para a sessão de discos da livraria. Depois de ficarmos um pouco juntos observando os livros, nos separamos para ver melhor a sessão de livros que mais interessava a cada um. Por isso levei um susto com Sara quando ela me puxou, toda estabanada e animada. Quase pulei de alegria quando vi o que ela tinha me mostrado.
- O novo cd do Justin Timberlake! - comentei animada. - Eu estava louca pra comprar, mas pela internet ia demorar pra chegar e sou muito ansiosa e...
- Ia ser terrível ficar esperando. Entendo perfeitamente. - ela concordou, sorrindo. - Está muito lindo.
- Verdade!. - disse, olhando pro cd.
- E o melhor: ainda restam dois discos. - sorriu. Ou seja, um meu e outro dela. - Eu adoro essa música. - apontou para uma faixa.
- TKO é uma música um tanto ousada. - comentei.
- Baby, every day in training to get the gold, That's why your body's crazy, But you can't run from yourself, That's where it's difficult. Girl i can see in your eyes, That there's something inside that made you evil, Where did you go cause it just ain't fair, Over here thinking 'bout the shit you say, Don't know why it gets to me... - ela cantou o começo da música, muito bem até. Sorri, me empolgando com aquilo.
- It cuts right on my eye, yeah it hurt, won't lie. Still can't see, think I saw you with another guy. Can't fight, knocked down, then i got over you. Can't fight no more, you knock me out. What am i supposed to do? - cantei com ela que riu.
- I don't understand it, Tell me how could you be so low? - ouvi alguém cantar atrás de mim, com uma linda voz, e quando me virei para olhar, era Justin. Sorri. - Been swinging after the bell, And all of the whistle blows. Tried to go below the belt, Trough my chest, perfect hit til the dawn. Dammit babe. This ain't the girl I used to know, No, not anymore, TKO. - finalizou, parando ao meu lado. Nos olhamos e rimos.
- Canta bem, Justin! - Sara disse, tentando se conter. A graça estava apenas em termos cantado uma música juntos e... Tá, só posso dizer que foi engraçado, mas não sei explicar porque.
- Fazemos um belo trio cantando. - comentou ele, risonho.
- Mas como é que você conhecia a letra da música? - perguntei curiosa, segurando meu disco. Sara estava com o dela, é claro.
- Sério que vocês estão mesmo me perguntando isso? - arqueou a sobrancelha, e depois entendi. Ele convivia com duas fãs loucas, ou seja, eu aposto que ele não aguentava mais ouvir aquela música. Sara e eu rimos dele, é claro.
- Mas olha só, agora o repertório vai mudar um pouco. - Ergui um disco. O mais recente de Marron 5. Ele riu, e Sara, no entanto, arregalou os olhos.
- OMG, VOCÊ TAMBÉM GOSTA DE MARRON 5?
- Uhum!
- Caraca, amigo, casa comigo velho! - disse abrindo os braços, o que me fez rir, o que fez Justin rir, o que fez uma mulher que passava por perto rir também. Até uma senhora com sua netinha riram do que Sara falou. Ela pegou outro disco pra ela, alegre.
- I miss the taste of a sweeter life, I miss the conversation. I'm searching for a song tonight, I'm changing all of the stations. - cantei, e os outros dois resolveram me acompanhar na parte seguinte. - I like to think that we had it all, We drew a mapto a better place, But on that road i took a fall, Oh baby why did you run away? - cantamos um pedacinho de Maps.
- Gente, nós vamos dar uma passada na praia, no meu carro, ouvindo essa música maravilhosa. E não aceito um "não" como resposta. - disse Sara, fazendo movimentos com a mão livre.
  No final das contas, eu comprei dois livros da Aghata Christie, um do Stephen King e os dois discos. Sara pegou os dois discos, O Hobbit e O Chamado do Cuco. Justin, pegou um livrinho de medicina (não me pergunte porquê!) o último livro da trilogia O Senhor dos Anéis (pra completar a coleção dele) e resolveu comprar os três primeiros livros de O Guia do Mochileiro das Galáxias. É claro que compramos essas coisas todas porque a loja em questão estava com promoção de inauguração. Saímos felizes e gastando pouco.
  Porém o que tinha marcado ainda mais o meu dia, era a definitiva constatação do quanto Sara era uma pessoa legal. 

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